O aborto espontâneo é uma realidade da vida de muitas mulheres. Segundo a “The Lancet”, cerca de 23 milhões deles ocorrem todos os anos no mundo. Isso significa que 44 gestações são perdidas a cada minuto. No entanto, a alta prevalência do acontecimento não isenta o fato de que ele pode ser extremamente doloroso.
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De acordo com uma pesquisa publicada no periódico científico “Obstetrics & Gynechology”, 41% das mulheres que já sofreram um aborto espontâneo acreditam ter feito algo errado durante a gestação, o que nem sempre é verdade.
Segundo a “Women’s Health”, de onde são as informações, muitas vezes, os abortos espontâneos ocorrem por conta de “anormalidades cromossômicas”. Isso significa que um aborto espontâneo não é culpa da gestante, e sim de questões que não podem ser prevenidas.
A seguir, confira quatro crenças sobre a perda da gravidez que não são verdadeiras.
4 mitos sobre aborto espontâneo
1 — Se aconteceu cedo, ainda não era um bebê
Um feto pode ter o tamanho de uma ervilha no início da gestação. No entanto, para mães que esperaram ansiosamente por esse momento — e o encararam como a realização de um sonho —, e cujos corpos já estavam passando por mudanças físicas e hormonais, essa pequena ervilha era, definitivamente, um bebê muito aguardado.
2 — A culpa foi da mãe
O portal reitera que, em grande parte dos casos de aborto espontâneo, a culpa não é de algo que a mãe fez ou não fez. Segundo especialistas do Hospital Santa Clara, até 60% dos abortos espontâneos são decorrentes de anomalias cromossômicas.
3 — O(a) parceiro(a) da gestante não é afetado(a)
Quando um casal faz planos para uma gestação, a perda desta ocasiona em grande pesar para todos, não apenas para a gestante. Por isso, se você conhece um casal que passou por um aborto espontâneo recentemente, lembre-se de dar apoio para ambos(as), abrindo oportunidades para que possam falar sobre seus sentimentos.
4 — Sangramentos são sempre sinal de aborto espontâneo
Nem todo sangramento é um sinal de aborto espontâneo. Da mesma forma, a ausência de sangue nem sempre é uma garantia de que está tudo bem. Quando uma gravidez deixa de ser viável, mas isso não é descoberto até um ultrassom de rotina, dá-se o nome de “aborto retido”. Normalmente, a mulher ainda está com sintomas de gravidez quando o aborto retido acontece e não sabe que há algo errado.